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A Crueldade Humana




A caça às bruxas da Inquisição, a perseguição aos judeus do Holocausto, as torturas da ditadura militar, as barbáries durante a escravidão: não faltam exemplos de como, sempre com argumentos pretensamente racionais, a maldade humana foi exercida com imensa crueldade. Até hoje há genocídios em curso em regiões da África e perseguições por motivos políticos e religiosos em diversas partes do globo. Não é preciso ir nem tão longe, aliás. Nas prisões brasileiras, o uso do pau de arara - instrumento no qual o torturado fica pendurado de cabeça para baixo - e as sessões de espancamentos e choques ainda são comuns.

De todos os animais, o mais cruel é o ser humano. Animais matam quando tem fome, matam para se defender, mas nenhum mata por prazer. O homem mata. Foi o que aconteceu durante o Holocausto.
Faz parte do sistema ter um exército de miseráveis disponíveis para forçar a classe trabalhadora. Isso para que, se alguém se insubordinar em uma empresa ou fábrica, tem mais cem na porta disputando a vaga dele. Ou seja, a violência continua sendo a base do sistema.

Pode-se dizer que existem condições para esse tipo de coisa. A carceragem das cadeias é um exemplo. Nem todo carcereiro é um sádico, mas o local é um prato cheio para alguém que seja. O que não necessariamente quer dizer que toda violência é cruel.
Para a convivência temos que viver sob restrições. Isso provoca impulsos agressivos e cruéis que devem ser extravasados. Jogos de videogames violentos podem ser um jeito de lidar com esses impulsos, essa necessidade de extravasar.
Se a pessoa não tiver a possibilidade de descarga, se viver em uma estrutura muito rígida, pode desenvolver esse tipo de comportamento.



Não dá para afirmar que a maldade é genética, apesar de haver correntes que defendem essa ideia. Ninguém nasce psicopata ou sádico. Há pesquisas que tentam achar combinações genéticas, tem até pesquisadores que dizem ter provas, mas até hoje não existe nenhuma evidência científica disso. A forma como se educa uma criança e como a pessoa se insere na sociedade é determinante. Quanto menos repressora for a socidade, menos intenso esse tipo de manifestação. Não tem acabar com regras e leis, elas têm que existir e nós temos que lidar com um tanto de agressividade social.

Sempre haverá o mal-estar da civilização. Faz parte da sociedade produzir violência. Mas temos meios de lidar com ela. É uma área ainda vista com preconceito. As pessoas pensam "não sou louco, por que vou fazer terapia?", e só procuram ajuda na hora que a água transborda.

Em relação à crueldade, é possível tratar para que se impeça que outras pessoas sofram e ela mesma também. Nós sobrevivemos ao pau de arara, mas o pau de arara também sobreviveu. Não podemos esquecer.

Fontes 
Folha Universal, 16 de setembro de 2010.

3 comentários:

  1. post muito interessante. gostei! escrevi uma matéria parecida mais focando "führer" e seus delírios.

    acesse: http://www.sramaia.blogspot.com

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  2. Valeu pela intenção, mas só fazendo uma pequena correção: quando você diz "ninguém nasce psicopata" está cometendo um deslize, porque todos os legítimos psicopatas já nascem assim. A psicopatia é a incapacidade de sentir empatia, ou seja, psicopatas não se sensibilizam com o sofrimento alheio, por isso podem ser perigosos e imorais e em casos excepcionais se tornam serial-killers. Mas a psicopatia tem base genética, isso está provado, a questão é fisiológica. Sobre a maldade ser genética ou não é muito incerto, não se sabe ainda qual é a base ou quais são as bases do comportamento humano, os teóricos da personalidade variam enormemente de opinião... (Léo)

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  3. faça uma matéria também focando os judeus e seus delírios. Seja honesto e imparcial , cara sra. maia.

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