Judeus são transferidos após rebelião no Gueto de Varsóvia, em 1943
Antes chamados de centros de reeducação, os campos de concentração foram criados em 1933 e receberam este nome dos próprios soldados da Shutzstaffel, a SS (Esquadrão de Proteção). Em 1941, Adolf Hitler percebeu que neles estava o que ele chamava de solução final para evitar a miscigenação: com ajuda de civis simpatizantes - eficientemente instruídos pela propaganda nazista a odiar os judeus - os soldados embarcavam os "indesejáveis" nos trens.
• Guetos
Enquanto saqueavam casas, destruíam o comércio e humilhavam judeus por toda a Europa, os nazistas restauraram os guetos - bairros criados durante a Idade Média para proteger os cristãos. Neles, famílias inteiras viviam em condições subumanas: alimentação escassa (cerca de 200 kcal ao dia, o que representa apenas 10% do valor recomendado) e trabalhos forçados. Tentativas de fuga eram sumariamente reprimidas. Os guetos confinavam prisioneiros que iriam para os campos de concentração, mas muitos morriam de fome ali mesmo; os corpos em decomposição não eram retirados, o que comprometia as condições higiênico-sanitárias.
O Gueto de Varsóvia foi o primeiro a se rebelar contra as tropas de Hitler; foi criado em setembro de 1939, logo após a invasão da Polônia. O bairro era cercado por um muro de 3 metros de altura, e os 590 mil prisioneiros deram tiros e atiraram granadas contra os nazistas durante todo o mês de abril do ano de 1943. 56 mil judeus morreram.
• Campos de concentração
Ao embarcar nos trens, as famílias eram separadas e, na maioria das vezes, jamais se reencontravam. Enfileirados, até mesmo idosos, mulheres e crianças eram vistoriados pelos médicos alemães; essa revista servia para escolher os que seriam mortos imediatamente e os que viveriam por estarem aptos ao trabalho braçal.
Os que ficavam eram despidos, levados aos chuveiros e tinham os cabelos e pelos das axilas e genitálias raspados. Recebiam boné, meias, calças e um paletó com um triângulo que distinguia judeus (amarelo), estrangeiros (azul), homossexuais (rosa), prisioneiros políticos (vermelho), criminosos comuns (preto), pacifistas e religiosos contrários ao regime (violeta).
Os prisioneiros dormiam no chão ou em camas cobertas com capim dentro de barracões superlotados. Acordavam às cinco da manhã, tomavam apenas café puro e seguiam em fila para o trabalho. Nos campos onde não havia o que fazer, passavam horas executando movimentos repetitivos como tirar e colocar o boné - conduta que tinha por objetivo enfraquecer o moral dos presos. Ao meio dia, recebiam uma sopa rala com batatas diretamente sobre as mãos; alguns sortudos tinham pratos de latão.
• O pior crime do mundo
Em 1944, forças soviéticas chegaram ao campo de concentração de Lublin, na Polônia, onde encontraram cerca de 500 mil prisioneiros e mais de 1 milhão de pares de sapatos pertencentes aos judeus que ali haviam sido confinados.
Até 1941, os judeus não podiam exercer certas profissões e nem estudar em escolas públicas da Alemanha e Áustria. Durante toda a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os nazistas aprisionaram entre 7 e 8 milhões de judeus em seus 22 campos de concentração. Cerca de 6 milhões deles morreram de fome, foram fuzilados ou serviram como cobaias em experiências científicas que nunca comprovaram a superioridade da raça ariana, mas a maioria foi para as câmaras de gás.
Auschwitz, na Polônia, foi o maior campo de concentração nazista e fez cerca de 1 milhão de vítimas. Quando os soviéticos chegaram, após a derrota alemã e o suicídio de Hitler, encontraram apenas 5 mil sobreviventes em condições desumanas. Os soldados encontraram também esconderijos com pertences dos prisioneiros, como dentes de ouro arrancados à força pelos alemães.
O Holocausto deixou o mundo literalmente sem palavras: foi necessário encontrar um novo termo para explicá-lo. Em 1494, o jurista judeu Raphael Lemkin escreveu pela primeira vez a palavra genocídio, que designa o extermínio de uma raça (do grego genos). Criou, assim, um conceito que a humanidade conhecia, mas nunca havia diagnosticado: a intenção de destruir todo um grupo étnico ou religioso. Logo após o fim da guerra, em 1948, a recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU) considerou o genocídio como o pior crime do mundo.
Coleção Grandes Impérios - volume III, Almanaque Abril
Nova Enciclopédia Ilustrada Ana Maria - volume 6
Bom post!
ResponderExcluiro periodo mais interessante para estudar!
se puder dê uma passadinha em: http://www.sramaia.blogspot.com
Estarei acompanhando vosso trabalho por aqui
ResponderExcluirtambém srta Luciana!
Tenha uma Bela semana
e até breve!
gostei muito e esta me ajudando muito em um trabalho muito obrigado !!
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