Necromancia

Protegidos por um círculo mágico que impedia o espírito de tentar possuí-los, o necromante Edward Kelly e seu ajudante, Paul Waring, reanimam um cadáver em um cemitério de Lancashire (Inglaterra), no século XVI.

A necromancia (do grego necros = cadáver, e mancia = profecia) é um ramo da magia que consiste em invocar os espíritos dos mortos para a prática da adivinhação. Após tentar se comunicar com um demônio em 1858, Eliphas Levi - o maior ocultista do século XIX - descreveu a necromancia como uma prática perigosa, destrutiva e que inspira cuidados.

Citada pela Bíblia em seu Antigo Testamento, a necromancia foi praticada pelos antigos gregos, romanos e persos, e, após tornar-se muito popular na Europa renascentista, foi proibida pela Igreja Católica por ser considerada uma espécie imoral e indigna de arte das trevas. Atualmente ela é muitíssimo pouco praticada, e a Brincadeira do Copo (ou Jogo do Copo) é a sua mais famosa releitura moderna.

A necromancia acredita que, por não estarem limitados ao plano terrestre, os mortos possuem acesso a informações sobre o presente e o futuro que estão indisponíveis aos vivos. Embora o objetivo do ritual nem sempre fosse prejudicar alguém, muitos necromantes foram enforcados e queimados.

• O Ritual

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Devido à grande quantidade de exigências bizarras que deveriam ser cumpridas escrupulosamente, era muito provável que algo desse errado; o necromante precisava se preparar física e espiritualmente através de banhos e dietas especiais.

Supondo que pessoas recentemente mortas, cujos corpos ainda estavam intactos, fossem mais suscetíveis à comunicação, alguns necromantes tentavam reanimar os cadáveres e convencê-los a atacar os vivos. Para isso, exumavam os corpos e executavam rituais sobre a sua sepultura enquanto encantamentos eram pronunciados e símbolos mágicos cercados por crânios eram traçados no chão.

Vestido com as roupas roubadas de um cadáver e concentrando todos os seus pensamentos na morte, o necromante aguardava algum sinal da presença do espírito. Qualquer sinal, como o tremular da chama de uma vela ou o farfalhar das folhas, era entendido como uma autorização para que o mago realizasse suas perguntas.
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Fontes
Forget THE Fear Blog

O Manual do Bruxo - um dicionário do mundo mágico de Harry Potter, Allan Zola Kronzek e Elizabeth Kronzek