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Bipolaridade

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• O que é?
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A alternância de estados depressivos com maníacos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico correto só será feito depois de muitos anos. Uma pessoa que tenha uma fase depressiva, receba o diagnóstico de depressão e dez anos depois apresente um episódio maníaco tem na verdade o transtorno bipolar, mas até que a mania surgisse não era possível conhecer diagnóstico verdadeiro.
O termo mania é popularmente entendido como tendência a fazer várias vezes a mesma coisa. Mania em psiquiatria significa um estado exaltado de humor. A depressão do transtorno bipolar é igual à depressão recorrente que só se apresenta como depressão, mas uma pessoa deprimida do transtorno bipolar não recebe o mesmo tratamento do paciente bipolar.
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• Características
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O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 ou 30 anos de idade, mas pode começar mesmo após os 70 anos. O início pode ser tanto pela fase depressiva como pela fase maníaca, iniciando gradualmente ao longo de semanas, meses ou abruptamente em poucos dias, já com sintomas psicóticos o que muitas vezes confunde com síndromes psicóticas.
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• Fase maníaca
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Tipicamente leva uma a duas semanas para começar e, quando não tratada, pode durar meses. O estado de humor está elevado, podendo isso significar uma alegria contagiante ou uma irritação agressiva. Junto a essa elevação encontram-se alguns outros sintomas como elevação da autoestima, sentimentos de grandiosidade que podem chegar à manifestação delirante de grandeza considerando-se uma pessoa especial, dotada de poderes e capacidades únicas - como telepáticas por exemplo. Aumento da atividade motora apresentando grande vigor físico e apesar disso com uma diminuição da necessidade de sono.
O paciente apresenta uma forte pressão para falar ininterruptamente, as idéias correm rapidamente a ponto de não concluir o que começou e ficar sempre emendando uma idéia não concluída em outra sucessivamente - a isto denominamos fuga-de-idéias. O paciente apresenta uma elevação da percepção de estímulos externos levando-o a distrair-se constantemente com pequenos ou insignificantes acontecimentos alheios à conversa em andamento. Aumento do interesse e da atividade sexual. Perda da consciência a respeito de sua própria condição patológica, tornando-se uma pessoa socialmente inconveniente ou insuportável. Envolvimento em atividades potencialmente perigosas sem manifestar preocupação com isso. Podem surgir sintomas psicóticos típicos da esquizofrenia, o que não significa uma mudança de diagnóstico, mas revela um quadro mais grave.
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• Fase depressiva
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É de certa forma o oposto da fase maníaca, onde o humor está depressivo, a autoestima em baixa e com sentimentos de inferioridade. A capacidade física está comprometida, pois a sensação de cansaço é constante. As idéias fluem com lentidão e dificuldade, a atenção é difícil de ser mantida e o interesse pelas coisas em geral é perdido, bem como o prazer na realização daquilo que antes era agradável. Nessa fase o sono também está diminuído, mas, ao contrário da fase maníaca, não é um sono que satisfaça ou descanse, uma vez que o paciente acorda indisposto. Quando não tratada a fase depressiva também pode durar meses.
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• Como a pessoa se sente
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Ele se sente bem, realmente bem. Na verdade, quase invencível. Ele se sente como não tendo limites para suas capacidades e energia. Poderia até passar dias sem dormir. Ele está cheio de idéias, planos, conquistas e se sentiria muito frustrado se a incapacidade dos outros não o deixasse ir além. Ele mal consegue acabar de expressar uma idéia e já está falando de outra numa lista interminável de novos assuntos. Em alguns momentos ele se aborrece para valer, não se intimida com qualquer forma de cerceamento ou ameaça, não reconhece qualquer forma de autoridade ou posição superior a sua. Com a mesma rapidez com que se zanga, esquece o ocorrido negativo como se nunca tivesse acontecido nada. As coisas que antes não o interessava mais lhe causam agora prazer; mesmo as pessoas com quem não tinha bom relacionamento são para ele amistosas e bondosas.
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• Como se trata?
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O lítio é a medicação de primeira escolha, mas não é necessariamente a melhor para todos os casos.
Freqüentemente é necessário acrescentar alguns anticonvulsivantes como o tegretol, o trileptal, o depakene, o depakote ou o topamax. Nas fases mais intensas de mania pode se usar de forma temporária os antipsicóticos. Quando há sintomas psicóticos é quase obrigatório o uso de antipsicóticos. Nas depressões resistentes pode-se usar com muita cautela antidepressivos.
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Há pesquisadores que condenam o uso de antidepressivo para qualquer circunstância nos pacientes bipolares em fase depressiva, por causa do risco da chamada "virada maníaca", que consiste na passagem da depressão diretamente para a exaltação num curto espaço de tempo. O tratamento com lítio ou algum anticonvulsivante deve ser definitivo, ou seja, está recomendado o uso permanente dessas medicações mesmo quando o paciente está completamente saudável, mesmo depois de anos sem ter problemas. Esta indicação se baseia no fato de que tanto o lítio como os anticonvulsivantes podem prevenir uma fase maníaca poupando assim o paciente de maiores problemas. Infelizmente o uso contínuo não garante ao paciente que ele não terá recaídas, apenas diminui as chances disso acontecer.
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Fontes
Psicosite

Um comentário:

  1. Tratado sobre o suicídio
    Decididamente: eu não admiro os enforcados.
    Estar ali, pendurado
    instalação surreal
    arte macabra, inusitada
    lentos movimentos
    cronometrando o tempo
    emulando pêndulos
    que não estimulam o gênio
    de Galileus ou Galileis.
    Afora o trabalho que dá
    muitos elementos a considerar
    precisa-se de uma corda
    um banquinho bem alto
    uma viga para amarrar a corda.
    Massa corpórea
    vezes altura do banquinho
    vezes comprimento da corda
    vezes pressão atmosférica
    vezes força da gravidade
    vezes alinhamento de Marte com Saturno
    vezes cotação do dólar:
    haverá na física uma fórmula
    que possa livrar o suicida
    da tortura do último cálculo?
    Não, essa forma não me cabe
    imagino o desconforto
    não gosto que nada aperte-me o pescoço
    afrouxo a gravata nos dias ensolarados.
    Um tiro na cabeça é outra forma de despedir-se
    os neurônios remanescentes nem tem tempo de reagir
    mas... descarto...
    meu ouvido é sensível
    não quero levar para o além o cheiro da pólvora
    nem o eco do estampido
    do último tiro
    disparado próximo ao ouvido.
    Outros preferem saltar de edifícios
    executam evoluçoes aéreas até que mergulham em lagos de granito
    A turba está agitada,
    não é todo dia que se assiste um suicídio
    A área é isolada,
    alguém empunha uma faixa
    "Por favor, não pule !"
    Chegam a imprensa, os bombeiros, o celular com a voz de um amigo
    A multidão quase não pisca ou respira
    Oh, meu Deus! Tomara que não pule! Ele não pode pular!
    Mas lá no fundo, bem no fundo, torcem pelo pior,
    para que possam chegar em casa e anunciar em primeira mão:
    "Eu estava lá, eu vi, foi horrível ! ..."
    Eu gostaria de frustrar essa gente que não torce por nós
    que põe holofotes sobre nossas tragédias
    que assentam-se em arquibancadas
    e assistem nossa vida como se ela fosse um picadeiro de circo.
    Eu iria lá no fundo do prédio,
    onde ninguém estivesse olhando e,
    sem nenhum sinal ou aviso,
    pularia e diria bem baixinho: good bye.
    Mas ... não ... não faria isso...
    poderia cair sobre um passante, um transeunte.
    E... se jogar na frente de um carro?
    Não, também não, muito deselegante
    estragaria a lataria do carro alheio
    e não ficaria por aqui para pagar o conserto...
    há de considerar-se, ainda,
    que o atropelado não pode ser tocado
    até chegar a perícia
    torna-se um morto inconsequente
    ao causar um dos maiores suplícios das grandes metrópoles:
    tráfego - de - veículos - interrompido.
    Não concordo com isso ou aquilo
    A morte deve causar o mínimo de consequências possíveis
    para aqueles que não tem nada a ver com isso
    não pode atrapalhar o trânsito de veículos ou destinos.
    E... queimar-se?
    Sem chance, só se o cérebro morresse primeiro.
    lanço a polêmica: incinerar-se não é suicídio, é auto-punição
    o corpo arde enquanto o cérebro
    fica protegido, blindado,
    dentro da caixa craniana
    cada segundo é eterno
    e a mente consciente espera
    uma morte tão lenta que parece que nunca chega...
    Então... afogamento? Sufocamento? Tipo, morte por asfixia?
    Nem pensar, já tô ficando com falta de ar...
    Todas as formas são horríveis
    tudo causa angustia, dor, sofrimento...
    Ah... quem dera...
    morrer sem sofrer
    morrer sem sentir dor
    morrer uma morte suave
    morrer com beleza, com poesia...
    como estar assim,
    sentado sobre o piso de azulejos
    a água quente caindo do chuveiro
    uma névoa branca de vapor
    perfumada, por misturar-se ao cheiro
    de sabonetes e xampoos
    e um líquido vermelho, viscoso, jorrando
    do corte profundo no pulso
    diluindo-se na espuma branca
    e criando belos degrades
    que vão do vermelho sangue ao rosa-bebê
    esvaindo-se pelo ralo junto com a água, junto com a vida
    e essa dormência, e esse torpor, e essa tontura...
    e essa deliciosa... vontade... de dormir...

    http://progcomdoisneuronios.blogspot.com

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